Já era de conhecimento geral que a partida contra a Colômbia seria a mais difícil da fase de grupos da Copa América para a seleção brasileira. Ainda assim, o empate em 1 a 1 ficou marcado por ter sido a pior apresentação do Brasil desde a chegada de Dorival Júnior como treinador. E tanto os jogadores, como também o treinador têm sua parcela de culpa.
No aspecto individual, o único que teve bom desempenho no time canarinho foi Raphinha. De volta aos titulares depois de ser reserva contra o Paraguai, o camisa 11 marcou um golaço de falta — o lateral Muñoz empatou para a Colômbia — e foi quem mais levou perigo à defesa colombiana. Acontece que na segunda etapa, mesmo bem, o atacante foi colocado por Dorival como um meia pela esquerda, e posteriormente como lateral-esquerdo. Tais mudanças diminuíram consideravelmente o ímpeto ofensivo do jogador.
As alterações realizadas por Dorival Júnior, aliás, dão um bom indício do que foi a atuação do treinador. Mesmo após ver que a estratégia traçada inicialmente não havia funcionado, o comandante não conseguiu encontrar nenhuma alternativa que fizesse a seleção brasileira assumir o controle da partida. Mesmo com o gol de Raphinha no início, a Colômbia foi superior ao longo de todos os 90 minutos.
Em relação às substituições, Dorival pecou ao insistir num ineficaz esquema de 4-3-3 que se mostrou improdutivo, muito pela forte imposição física da Colômbia no meio campo, e também demorou para substituir peças que acumularam erros, como João Gomes e Bruno Guimarães. Enfraquecido no meio, o Brasil teve o sistema defensivo exposto, e o ofensivo sem criatividade, principalmente na segunda etapa.
Dessa maneira, a única boa notícia nas trocas realizadas foi a entrada de Andreas Pereira — que chegou a ser improvisado como centroavante — no lugar de Lucas Paquetá. Ligado, o camisa 18 esteve em noite melhor que o meia do West Ham, principalmente na questão defensiva. Ainda assim, foi pouco.
Parada dura nas quartas
Com o resultado, o Brasil chegou aos cinco pontos e, com dois a menos que a Colômbia, que fez sete, se classificou na segunda colocação no grupo D. Nas quartas de final, a seleção brasileira enfrentará o Uruguai, que está 100% na Copa América. Em alta com Marcelo Bielsa, a Celeste venceu as três partidas que fez na competição.